Passeio literário do Clube de Leitura pela Lisboa de "A Relíquia"
O grupo era constituído pelas docentes Sandrina Esteves, Ana Oliveira e Sara Leite, juntamente com 7 estudantes da Licenciatura em Educação Básica - as que se destacaram, ao longo deste ano letivo, como sendo as mais participativas e interessadas nas iniciativas dos Projetos #isecaler e Clubes de Leitura do Ensino Superior. Esta foi, portanto, uma forma de lhes agradecer e retribuir pelo seu entusiasmo.
O passeio literário foi organizado por um grupo de guias-intérpretes intitulado "Passeios Literários - Visitas guiadas pela mão de autores portugueses", que oferece diversas iniciativas deste tipo, em Lisboa e em Sintra, em torno de diversos escritores de diferentes épocas, desde Fernão Lopes até José Saramago, passando por Vieira, Garrett e Pessoa, entre outros. A guia responsável, Paula Marques, foi incansável e muito cativante, na forma entusiasmada como conduziu o pequeno grupo por jardins, ruas, vielas e praças de Lisboa, ao sabor dos seus vastíssimos conhecimentos não só sobre a vida e a obra de Eça de Queirós, mas também sobre muitos outros factos históricos relacionados com as gentes e os lugares da capital.O périplo, que teve a duração de 2h30, consistiu numa interessante viagem no espaço e no tempo, que entreteceu os lugares evocados no romance (a zona onde se situaria o palacete da tia Maria do Patrocínio, a calçada que Teodorico Raposo percorria na sua égua, a praça onde residia o seu amigo Dr. Margaride, o hotel onde o sobrinho da titi se instalou depois da grande deceção que lhe provocou...), e os locais por onde o escritor Eça de Queirós efetivamente passou nos anos em que viveu na capital (o prédio onde viveu com os pais, os cafés que frequentou, o convento onde a irmã se recolheu, o hotel onde se hospedava quando residia no estrangeiro...).
A viagem a pé terminou no Largo Barão de Quintela, onde pode admirar-se a réplica da estátua de Teixeira Lopes oferecida à cidade de Lisboa pelo 1.º Conde de Arnoso em 1903, representando Eça com a figura feminina que personifica A Verdade, na base da qual pode ler-se a célebre epígrafe do romance A Relíquia: «Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia». E ainda ficámos a saber que tragédia for essa que aconteceu mesmo ali ao lado - a tal que terá inspirado esse outro romance do autor, A Tragédia da Rua das Flores, de resto escrito na mesma época, tal como Os Maias.
Foi um passeio espetacular! Adorei!!!! :-)
ResponderEliminarUma experiência a repetir, com outro tema e/ou autor.