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A mostrar mensagens de dezembro, 2024

Pedro Sobral - uma enorme perda a lastimar

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Foto Book APEL Não podemos deixar de interromper a pausa nas publicações do blogue para manifestar o nosso profundo pesar pela trágica morte do Presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, no passado fim de semana. Pedro Sobral foi um incansável defensor dos livros e da leitura no nosso país e talvez se recordem da sua brilhante participação numa das iniciativas do Projeto #isecaler , no âmbito do ciclo de sessões "Diz quem Sabe": uma conversa intitulada "O que andamos a ler: a leitura em números", que teve lugar a 29 de maio deste ano. Deixamos expressa a nossa gratidão ao Presidente da APEL, não apenas pelo excelente trabalho que desenvolvia, mas também pela sua gentileza e disponibilidade. E aproveitamos para vos deixar aqui a ligação para um artigo sobre a urgência de promover a leitura como forma a melhorar as baixas competências de literacia dos Portugueses, que Pedro Sobral tinha enviado recentemente ao Jornal Público e   que foi divulgado o...

À conversa com Filipa Amorim e Nuno Gonçalves

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Ontem, 19 de dezembro, pelas 21 horas, o  Clube de Leitura do ISEC Lisboa  teve a sua última sessão do ano de 2024, para a qual convidámos duas personalidades da literatura portuguesa contemporânea:  Filipa Amorim , autora de  A Corrente , e  Nuno Gonçalves , autor de  O Pacto .  A conversa teve como mote os "livros livres e desafiantes" e foi moderada pela docente Sara de Almeida Leite. Falou-se da importância da escrita como forma de expressão livre, sobretudo quando não se goza de liberdade suficiente nas outras esferas da vida pessoal, social, política, etc.; de obras emblemáticas de liberdade e desafio - tanto na escrita como na leitura -; do direito dos escritores de se aventurarem por caminhos criativos afastados da sua experiência possível (como um homem que escreva sobre a menopausa, por exemplo!*); do talento, da criatividade e da motivação para dar asas à imaginação; da liberdade dos leitores para interpretar os textos de acordo com as suas ...

Já leram as "Novas Cartas Portuguesas"?

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Esta é sem dúvida uma das obras mais marcantes de toda a literatura portuguesa. Talvez o título não vos seja estranho, pois é inspirado nas Cartas Portuguesas , um livro singelo e muito emotivo, publicado anonimamente em Paris, em 1669, cuja autoria é atribuída a Sóror Mariana Alcoforado , uma freira arrebatada pelo seu amor impossível por um cavaleiro francês. As « Novas Cartas Portuguesas (NCP) são um livro denso e extenso, escrito por três mulheres:  Maria Isabel Barreno , Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa  e publicado em 1972 como uma verdadeira "pedrada no charco" do regime ditatorial. A sua  edição custou alguns dissabores às autoras, que foram perseguidas por uns e admiradas por outros. A obra tornou-se conhecida nacional e internacionalmente, por ter denunciado a discriminação da mulher que se vivia em Portugal, não apenas derivada da repressão política, mas também da hegemonia do poder patriarcal católico, que apenas permitia um papel submisso...

Uma autêntica preciosidade!

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  Autor: Joaquim Paço d'Arcos Título: Paulina Vestida de Azul: Comédia dramática em três actos Editor: Parceria A. M. Pereira Local: Lisboa Data: 1948

Alguém sabe que livro é este?!

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Sugestão de leitura: "O Estranho caso do Dr. Jekylle e do Sr. Hyde"

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  O Estranho caso do Dr. Jekylle e do Sr. Hyde de Robert Louis Stevenson (sugestão da jurista do ISEC Lisboa, Romana Madeira) Escrito no século XIX, este livro tem uma história que, em pouco mais de 100 páginas, prende o leitor, em especial pela qualidade da escrita de Stevenson, que é absolutamente soberba. Na simplicidade, um verdadeiro tesouro. Um mistério que deixa rasto nas ruas sombrias de Londres e confronta as diferentes personalidades do Homem.

Livros livres e desafiantes - a próxima sessão do clube de leitura terá convidados de honra!

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Na próxima quinta-feira, dia 19 de dezembro, pelas 21 horas, o Clube de Leitura do ISEC Lisboa terá a sua última sessão do ano de 2024, para a qual convidámos duas personalidades da literatura portuguesa contemporânea: Filipa Amorim , autora de A Corrente , e Nuno Gonçalves , autor de O Pacto . A conversa terá como mote os "livros livres e desafiantes", por isso sugerimos que reflitam um pouco sobre estes dois adjetivos, aplicados à literatura. O que serão livros livres ? Serão os que não são condicionados por estereótipos? Os que têm um final aberto, ou vários finais alternativos? Os que nos deixam à vontade para os interpretarmos como quisermos? Os que desafiam regras e limites?... E livros desafiantes? Serão aqueles nos obrigam a pensar? Livros que nos tiram o tapete de baixo dos pés? Livros que nos deixam perplexos? Livros com enigmas para descobrir? Livros que nos viciam e não nos deixam fazer mais nada enquanto não acabamos de os ler?... Inscrevam-se , para receberem o...

Já leram "À espera no centeio"?

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 Esta obra , do escritor norte-americano Jerome David Salinger, publicada pela primeira vez em 1951, conta na 1.ª pessoa a história de um estudante que é expulso do colégio interno que frequentava, três dias antes das férias do Natal, e resolve abandonar a instituição e voltar para Nova-Iorque, a cidade onde mora a família. Decide, no entanto, não regressar logo a casa, optando por passar horas e horas a fazer o que lhe dá na real gana, como forma de protelar o encontro com os pais. Este romance foi o livro mais censurado nas escolas secundárias e bibliotecas dos EUA, entre 1961 e 1982. Porquê? Quem já o leu, talvez possa adivinhar a resposta...! 😉 Sendo uma das obras disponíveis na Biblioteca do Campus , queremos, assim, saber se querem partilhar connosco a vossa opinião sobre este livro algo insólito e, ao que parece, controverso. 

De que livro é esta página?

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Quem será?!

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Alguém adivinha de que autora se trata? 🤔 Deixem a vossa resposta nos comentários! 🙂 Nasceu em 1984, em Portugal, e trabalhou durante muitos anos no mundo editorial. Atualmente, dedica-se em exclusivo à tradução literária e à escrita. Já publicou livros infanto-juvenis, guias práticos, ensaio e poesia. O seu primeiro romance, editado em 2024, narra de forma não linear a história da infância, adolescência e entrada na idade adulta de uma protagonista que cresceu nos arredores de Lisboa nos anos 90 e 2000, explorando os temas da memória, da identidade e da família.

Sugestão de leitura: "(In)Versus"

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(In)Versus (2023) de Mónica Franco (sugestão da docente Ana Paula Oliveira) Hoje sugiro um livro de poesia: (IN)VERSUS de Mónica Franco. “Palavras são liberdade, gritos de rebeldia. São momentos de saudade escritos no dia-a-dia. Com elas podemos sonhar, libertarmo-nos, voar. Podemos também chorar, ou até mesmo lutar. São desabafos de gente, que se sente infeliz. Ou até mesmo o contrário, sorrisos de alguém feliz!” Com esta sensibilidade, Mónica Franco guia-nos através de diversos poemas que despertam reflexões, questionamentos e, sobretudo, emoções profundas. A cada verso, sentimos a força das palavras como um convite para mergulhar na nossa própria humanidade. Mónica Franco foi minha aluna no Mestrado em Riscos e Proteção Civil do ISEC Lisboa, e vê-la trilhar esse caminho na poesia é para mim um motivo de grande alegria. Leiam (IN)VERSUS , vale mesmo a pena!

Livro "O Elevador" adaptado ao cinema

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No dia 23 de novembro, pelas 18 horas, a sala de cinema Fernando Lopes, na Universidade Lusófona, recebeu os primeiros convidados para a antestreia do filme "O Elevador" , baseado na obra homónima de Filipa Fonseca Silva.  A equipa do #isecaler esteve lá para desfrutar desta experiência tão rara quanto gratificante - testemunhar a adaptação de um livro escrito por uma autora portuguesa a um filme da autoria de uma realizadora portuguesa. Após a projeção, a autora, realizadores e atores deram o seu testemunho sobre a concretização do projeto, o que contribuiu para tornar a sessão ainda mais especial. Quando leu o romance  O Elevador , publicado em 2022 pela Suma de Letras, uma chancela da Penguin Livros, a atriz Inês Barros sentiu uma vontade intensa de o transformar numa curta-metragem centrada no episódio mais impactante do livro: a conversa dos protagonistas durante as várias horas em que ficam fechados no elevador do prédio onde moram. Poucas serão as pessoas que tenham um...

Já leram "A Natureza da Mordida"?

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Talvez o nome de Carla Madeira não vos seja estranho, por terem lido ou ouvido falar do romance, Tudo é Rio , publicado em 2014. Esta autora, natural de Belo Horizonte, foi a segunda escritora mais lida no Brasil e tem-se tornado progressivamente mais popular em Portugal, sobretudo depois de ter sido atribuído à sua obra de estreia o Prémio de Livro do Ano pela Livraria Bertrand , em 2024. A Natureza da Mordida  promete ser uma leitura inquietante. A sinopse revela-nos o seguinte: «Biá, uma psicanalista já reformada e apaixonada por livros, aborda a jovem jornalista Olívia, que está devastada por uma perda recente, com uma pergunta agitadora: «O que perdeu que a entristeça tanto?» Olívia, sentada à mesa, aceita a inesperada provocação, bem como o carinho e o interesse daquela mulher, afinal apenas uma estranha, desencadeando-se uma sucessão de encontros marcados por uma galopante intimidade entre as duas mulheres, que aos poucos vão revelando as suas histórias. «A nossa a...

Uma autêntica preciosidade!

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  Autor: António Ferreira; revisão e notas do Prof. Eduardo Pinheiro Título:  A Castro: Tragédia Editor: Domingos Barreira Local: Porto Data: 1962 Coleção: Portugal (Augusto César Pires de Lima), n.º 27

Alguém sabe que livro é este?

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Sugestão de leitura: "Lisboa Reykjavík"

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Lisboa Reykjavík (2011) de Yrsa Sigurdardóttir (sugestão da docente Sara Leite) Adoro ser agradavelmente surpreendida quando tenho expectativas baixas e foi exatamente isso que me aconteceu com este livro! Nem a capa nem o título me seduziram, e confesso que não sou grande fã do género, mas este thriller  foi-me cativando cada vez mais, à medida que mergulhei na insólita história de uma viagem de iate, desde Lisboa até Reiquiavique, na qual os passageiros desaparecem misteriosamente. A princípio, embirrei com a tradução e estive quase a desistir de ler este volume de 444 páginas, mas a curiosidade acabou por ser mais forte. Intrigou-me o facto de se tratar de uma improvável combinação de viajantes: além do capitão, seguiam  a bordo dois jovens tripulantes e uma família constituída por um casal com duas crianças gémeas, cuja filha mais nova ficara na Islândia. Mas não eram eles os donos do barco de luxo, nada disso. O pai das crianças era funcionário da empresa liquidatár...