Raquel Costa e as suas "25 Mulheres" no Clube de Leitura do ISEC Lisboa

Esta semana teve lugar mais uma sessão online do Clube de Leitura do ISEC Lisboa, que contou com a presença de uma convidada especial: Raquel Costa.
Natural do Porto, esta simpática artista é licenciada em Artes Plásticas (Escultura) e mestre em Ensino de Artes Visuais. Leciona na Escola Superior de Design, do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, e participa regularmente em exposições individuais e coletivas, em Portugal e no estrangeiro. Também dirige oficinas de ilustração e realiza sessões de desenho ao vivo. Já ilustrou diversos livros para crianças, por exemplo Noa, escrito por Susana Cardoso Ferreira e publicado pela Oficina do Livro, que venceu a 8.ª edição do Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância, em 2022.

Aqui fica o registo da Professora Sandrina Esteves sobre a sessão:

Embora ontem tenha sido quarta-feira, o Clube de Leitura do ISEC Lisboa não se quis despedir de abril sem falar de LIBERDADE.
Connosco esteve a artista visual, autora e ilustradora Raquel Costa, para falar das suas
25 Mulheres.
Em
25 Mulheres, Raquel Costa cria uma teia profunda de vozes femininas que ecoam as dores e fala dos triunfos da existência. Cada relato é uma janela para a alma de mulheres que, de alguma forma, foram moldadas pelas adversidades e pelas sutilezas da vida. Mas a autora não conta apenas as suas histórias; ela sente-as, respira-as e apresenta-as com uma intensidade visceral. Cada mulher é única, mas todas compartilham um ponto de convergência: a busca por um espaço próprio num mundo muitas vezes implacável. Raquel Costa transforma o simples ato de contar histórias numa missão de resgate, revelando em cada página as lutas, os sonhos e as cicatrizes que definem a odisseia feminina. O livro não é apenas uma celebração das mulheres, mas antes uma denúncia de um sistema que ainda as silencia e as limita. Pelo seu olhar atento e apaixonado, encontramos a humanidade na sua forma mais crua, bela e, ao mesmo tempo, fragilizada. Este livro não é apenas uma leitura; é uma experiência que nos leva a refletir sobre as múltiplas formas de ser mulher num mundo que insiste em rotular. Em cada uma das 25 mulheres, reconhecemos uma parte de nós mesmos, uma parte da nossa luta, da nossa história, da nossa força.
Uma conversa impactante, que contou com a participação especial da
 turma pós-laboral do 2.º ano da Licenciatura em Educação Básica, com a qual nos despedimos de abril - mas não dos seus valores - com as extraordinárias sugestões de leitura da Raquel Costa, que ninguém vai esquecer: Novas Cartas Portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, e Maria Velho da Costa; Cravo de Maria Velho da Costa; O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir; Ela é Apenas Mulher, de Maria Archer; O Nome das Coisas de Sophia de Mello Breyner Andresen e Todos Devíamos Ser Feministas de Chimamanda Ngozi Adichie.
Que de abril sempre possa ficar o cravo que floresceu em punhos erguidos, que nasceu de um sopro de esperança que varreu o silêncio e fez do povo o seu próprio poema. Que de abril nunca se perca a alvorada de um novo tempo, onde a justiça, a igualdade e a fraternidade deixaram de ser promessas para se tornarem caminho.

Comentários

  1. Catarina Magalhães6 de maio de 2025 às 10:36

    Fiquei mesmo com muita pena, não consegui mesmo participar mas na próxima estarei :)

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  2. Foi uma sessão do Clube de Leitura muito interessante e inspiradora. Muito obrigada Raquel Costa e parabéns pelo trabalho desenvolvido.

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