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A mostrar mensagens de janeiro, 2025

Escritora portuguesa nomeada para o Prémio Literário de Dublin

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Já aqui aludimos por duas vezes ao romance Eliete , de Dulce Maria Cardoso, que agora é notícia por ter sido nomeado para o Prémio Literário de Dublin - com o subtítulo A Normal Life. A tradução da obra para a língua inglesa foi realizada por Ángel Gurría-Quintana e publicada pela MacLehose Press, com apoios financeiros da DGLAB e do Instituto Camões I.P.      Este romance, publicado em 2018 pela Tinta-da-China, venceu o Prémio Oceanos em 2019 e foi finalista do Prémio Femina, em 2020. A indicação para o Prémio de Dublin foi dada pelas Bibliotecas de Lisboa. Caso consiga vencê-lo, a autora receberá 100 mil euros - o maior montante atribuído a um livro de ficção publicado em inglês. Há 71 autores nomeados por bibliotecas de 34 países, o que significa 26 obras traduzidas e 16 romances de estreia. Os nomes dos finalistas serão divulgados no dia 25 de março e a 22 de maio de 2025, a Presidente da Câmara Municipal de Dublin, Emma Blain, anunciará qual o livro ve...

Já leram "E se eu morrer amanhã?"?

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Já aqui falámos da Filipa Fonseca Silva e do seu livro O Elevador ,  que foi recentemente adaptado ao cinema . Porém, este talvez seja o romance mais conhecido da autora: E se eu morrer amanhã? Conta-nos a Helena, uma viúva de 79 anos, viúva, que vive com o seu gato e goza de boa saúde, para descanso dos filhos e netos. Um dia, porém, pega fogo à casa e a família é levada a pensar que talvez ela esteja a ficar senil - algo expectável na sua idade. Porém, nada está mais longe da verdade. Helena é ainda uma mulher não apenas lúcida, mas também sexualmente ativa, o que vem a chocar os filhos. Ao conhecê-la melhor, após o incidente, tanto os filhos como os leitores ficam a saber que, desde a morte do marido, Helena resolver viver como se pudesse morrer no dia seguinte. Na contracapa do livro, pode ler-se a seguinte síntese: « E se Eu Morrer Amanhã? é um romance hilariante, que nos leva a refletir sobre os preconceitos em relação às mulheres mais velhas e o enorme tabu...

Um autêntica preciosidade!

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  Autor: Edmund Collier; trad. Nicholas Eggenhofer Título:  Buffalo Bill Editor: Livraria Civilização  –  Editora Local: Porto Data: 1958

Alguém sabe que livro é este?

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Sugestão de leitura: "A Criada"

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A Criada (2022) de Freida McFadden (sugestão da aluna Daniela Gonçalves) O livro A criada , de Freida McFadden, é um thriller que acompanha a história de uma jovem ex-reclusa, Millie, que guarda muitos segredos e precisava desesperadamente de emprego, pois, sem ele, ficaria sem casa e comida. Quando encontra uma vaga de empregada doméstica na família Winchester, decide arriscar e candidatar-se. Millie consegue o emprego e fica a trabalhar na casa da família Winchester, que lhe oferece estadia. Ao início tudo parecia ser perfeito, mas, com o passar do tempo, a família que aparentava ser perfeita revela-se cada vez mais estranha: o único que parecia normal era o seu patrão, a filha era insuportável, e a mulher tinha mudanças de humor repentinas. À medida que acontecem várias situações, Millie começa a temer pela sua própria segurança. Afinal, por detrás de uma porta trancada podem esconder-se muitos segredos... Sem dúvida, recomendo a leitura deste livro, especialmente para leitore...

Mostra de trabalhos sobre livros e leituras

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Na unidade curricular de Comunicação Oral e Escrita, lecionada pela Professora Sandrina Esteves, os estudantes do 1.º ano da Licenciatura em Educação Básica foram convidados a realizar uma tarefa em grupo em torno da leitura de uma obra literária - portuguesa ou estrangeira, antiga ou recente.  O objetivo era prepararem  uma apresentação dessa obra que incluísse a biografia do escritor, a sinopse e as passagens do texto que cada grupo leitor considerasse como sendo as mais marcantes. O trabalho deveria ainda incluir uma dinâmica a realizar com os colegas na aula. As obras foram selecionadas livremente e incidiram sobre  títulos como Ensaio sobre a cegueira , de José Saramago, Apartamento partilha-se , de Beth O'Leary,  As Gémeas de Auschwitz , de Eva Mozes Kor e Lisa Rojany Buccieri,  Os Sete Maridos de Evelyn Hugo , de Taylor Jenkins Reid,  A culpa é das estrelas , de John Green,  Verity , de Colleen Hoover,  Nunca fiques onde já não es...

Já leram "O Rapaz ao Fundo da Sala"?

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O Rapaz ao Fundo da Sala  é uma obra destinada ao público juvenil, mas é daquelas que deveriam ser lidas por todos os adultos do mundo, pois versa um tema importante, delicado e atual—a crise dos refugiados. O facto de ser abordado na perspetiva de uma criança é, precisamente, o que torna este livro tão relevante e digno: quem melhor do que as crianças, afinal, para apontar as grandes verdades sem subterfúgios nem eufemismos? A autora, Onjali Q. Raúf, sentiu-se profundamente afetada com a notícia sobre o corpo de uma criança de 2 anos encontrado numa praia da Turquia (uma de tantas vidas perdidas na travessia do mar por parte dos milhares de pessoas que fogem, desesperadas, da guerra e da fome). A reflexão sobre este terrível problema da nossa sociedade levou-a a entrar em ação para ajudar essas pessoas e, também, a escrever este livro. Aqui fica um pouco da sinopse: «Há um colega novo na turma. Ele senta-se sempre na última fila, mas não fala com ninguém nem olha para ni...

De que livro é esta página?

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Quem será?!

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Alguém adivinha de que autora se trata? 🤔 Deixem a vossa resposta nos comentários! 🙂  Esta autora, nascida em Vila Viçosa, escreveu contos, cartas e poemas, mas é sobretudo conhecida pelos sonetos sobre o amor, marcadamente emotivos e confessionais. Embora possamos considerar românticos os seus textos, não se identificou com qualquer movimento literário. A morte atormentou a sua vida de várias formas, nomeadamente com a perda de dois filhos em gestação e do seu irmão, num acidente de avião. Suicidou-se em Matosinhos, no dia do seu 36.º aniversário, em 1930. É considerada como uma das primeiras feministas portuguesas.

Sugestão de leitura: "O Deus das Pequenas Coisas"

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O Deus das Pequenas Coisas (1997) de Arundhati Roy (sugestão da docente Madalena Corte-Real) O Deus das Pequenas Coisas  é um romance escrito pela indiana Arundhati Roy (escritora e ativista que tem tratado causas sociais e políticas, como as castas e o conflito de Caxemira - um território disputado pela Índia e o Paquistão com tensões constantes). O livro foi publicado, pela primeira vez, em 1997 e ganhou o Booker Award no mesmo ano. Trata-se de uma saga familiar e leva-nos a uma viagem ao estado indiano de Kerala nos anos 60. Explora a forma como as experiências pessoais são moldadas por contextos sociais mais alargados, ao abordar temas como o amor proibido, o rígido sistema de castas, a dinâmica familiar, as mudanças políticas em Kerala, o impacto da perda, a luta pela identidade, o poder da memória, os papéis dos géneros e o significado dos pequenos momentos da vida.

No ISEC Lisboa lê-se cada vez mais!

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Já repararam que, no ISEC Lisboa, há cada vez mais estudantes a ler? Será que isso se deve à presença, no My Campus, do frigorífico comunitário de livros? Será a boa influência do projeto #isecaler, que já fez mais de um ano de existência? Será que o vício da leitura se tornou contagioso?! Não sabemos ao certo, mas a verdade é que cada vez se veem mais pessoas imersas na leitura, no campus do ISEC Lisboa - seja ao ar livre, aproveitando o calor dos dias de sol, seja nos corredores, enquanto as aulas não começam, seja, inclusivamente, dentro das próprias salas. E não se trata de momentos de estudo, mas sim de leituras recreativas  - isto é, feitas por gosto e não por obrigação, pelo prazer da própria "viagem" que os livros propiciam e não pela aprendizagem que deles se possa retirar. É claro que também se aprende (e muito!), quando se lê - seja que livro for - mas notamos que, nestas situações que vamos registando aqui e ali, há curiosidade e vontade de descobrir o que o livro...

Já leram "Torto Arado"?

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« Bibiana e Belonísia são filhas de trabalhadores de uma fazenda no Sertão da Bahia, descendentes de escravos para quem a abolição nunca passou de uma data marcada no calendário. Intrigadas com uma mala misteriosa sob a cama da avó, pagam o atrevimento de lhe pôr a mão com um acidente que mudará para sempre as suas vidas, tornando-as tão dependentes que uma será até a voz da outra.  Porém, com o avançar dos anos, a proximidade vai desfazer-se com a perspectiva que cada uma tem sobre o que as rodeia: enquanto Belonísia parece satisfeita com o trabalho na fazenda e os encantos do pai, Zeca Chapéu Grande, entre velas, incensos e ladainhas, Bibiana percebe desde cedo a injustiça da servidão que há três décadas é imposta à família e decide lutar pelo direito à terra e a emancipação dos trabalhadores. Para isso, porém, é obrigada a partir, separando-se da irmã.  Numa trama tecida de segredos antigos que têm quase sempre mulheres por protagonistas, e à sombra de desigualdades que se ...

Uma autêntica preciosidade!

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Autor: Condessa de Ségur; trad. Maria Lamas Título: A Pousada do Anjo da Guarda Editor: Casa do Livro Editora Local: Lisboa Data: 1950 (2.ª edição)

Alguém sabe que livro é este?

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Sugestão de leitura: "A Voz Humana"

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A Voz Humana de Jean Cocteau (sugestão do docente F. Jorge Costa) A Voz Humana apresenta uma mulher ao telefone com seu amante, que está prestes a deixá-la. Durante toda a conversa, apenas o lado dela é descrito: revela angústia, vulnerabilidade e desespero. Apesar de pequeno, é um livro muito intenso que vale tanto pelo que está escrito como por aquilo que o leitor imagina que será o discurso do amante. Transforma cada pausa, cada silêncio em pura poesia. Nota: podem ver aqui  uma tradução e adaptação televisiva da obra em português, da autoria de Nuno Fradique e com interpretação de Lurdes Norberto (Arquivos da RTP, 1965).

Os livros também alimentam

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 Lembram-se de termos referido aqui que um grupo de alunas da Licenciatura em Educação Básica estava a desenvolver um projeto relacionado com a leitura, sugerindo que doassem livros? Pois bem: agora queremos não apenas agradecer a quem correspondeu ao apelo, mas também dar conta de que o projeto "Os livros também alimentam" foi oficialmente iniciado esta semana e já está a ter bastante sucesso. Instalado num canto acolhedor do pavilhão My Campus , está um grande frigorífico recheado de alimentos saudáveis e nutritivos para o espírito: livros e mais livros! Eis a mensagem das responsáveis pelo projeto:  «Troca, traz, leva, deixa um livro que já não queiras. O frigorífico comunitário de livros é um espaço onde a comunidade do ISEC Lisboa pode deixar, levar e trocar livros a seu gosto, sem qualquer obrigatoriedade. Este projeto tem como objetivo promover a partilha de livros de variadas categorias e idiomas, de forma prática e gratuita. O frigorífico está disponível para to...

Já leram "Sem Fim à Vista"?

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Sem Fim à Vista: A Viagem é uma obra de Raquel Ochoa , a quem foi atribuído o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís em 2009, pelo romance  A Casa-Comboio . A autora nasceu em Lisboa, é licenciada em Direito, e a sua ficção centra-se na interculturalidade ao longo da história, uma tema que decorre dos seus périplos pelo mundo e que está patente nas suas crónicas de viagem, como  Sem Fim à Vista,   O Vento dos Outros  e Pés na Terra . Raquel Ochoa é ainda autora dos romances históricos: Mar Humano , As Noivas do Sultão e Coração-Castelo , este último finalista do prémio Leya em 2023. Também já escreveu biografias, como Bana – Uma Vida a Cantar Cabo Verde , A Infanta Rebelde e Manuel Vicente – A Desmontagem do Desconhecido. Já alguém leu este livro? O que achou? Partilhem as vossas impressões nos comentários, sim? 😃

De que livro é esta página?

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Quem será?!

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Alguém adivinha de que autor se trata? 🤔 Deixem a vossa resposta nos comentários! 🙂 Este grande escritor, nascido em Lisboa e falecido em Famalicão, teve uma vida algo atribulada, chegando a ser preso, e é considerado o primeiro dos nossos escritores profissionais, por ter feito dos livros o seu ganha-pão. Publicou novelas e romances de inigualável qualidade, mesmo as que redigiu em pouco tempo, e ficou conhecido pela sua fina capacidade de análise do lado passional do ser humano, pela sua prodigiosa imaginação narrativa e pelo seu estilo romântico, mas também irónico. Vítima de cegueira, e vendo-se impossibilitado de continuar a escrever, acabou por cometer suicídio.

Sugestão de leitura: "Dobra"

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Dobra: Poesia reunida - 1983-2021  (2021) de Adília Lopes (sugestão da docente Sara Leite) Confesso que era uma completa ignorante de Adília Lopes, até ser desafiada por uma colega investigadora do IELT a colaborar na organização de um colóquio sobre esta brilhante poetisa portuguesa, que nos deixou a 30 de dezembro de 2024, com apenas 64 anos. Quando a Joana Meirim me disse que contava com uma comunicação minha no colóquio, fiquei atrapalhada. Uma coisa era ajudar a organizar o evento; outra, bem diferente e mais exigente, era ser uma das oradoras. Se eu nada sabia sobre a obra de Adília, o que encontraria de relevante para dizer a uma plateia de fãs e entendidos? Não quis negar-me, porque vi no desafio uma ótima oportunidade para passar a conhecer aquela poesia totalmente misteriosa para mim, que as minhas colegas apreciavam muitíssimo. Deixei de lado o receio de não perceber nada e foi com espanto que deparei com textos que punham em causa todas as minhas ideias anteriores sobre...